sábado, 17 de julho de 2010

Suicídio e Anorexia - aumento de 60% em 50 anos.

Cerca de 780 mil pessoas se suicidam por ano. E o número não pára de crescer - a taxa de suicídios cresceu 60% nos últimos 50 anos. E pior: estima-se que, para cada pessoa que comete suicídio, existem pelo menos outras 20 que tentaram, mas não conseguiram consumar o ato. Esses números são da Organização Mundial da Saúde.

A anorexia é uma das doenças que mais crescem entre a população feminina do mundo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) recolhidos em 1999, revelam que nos Estados Unidos uma em cada 100 mulheres de 12 a 18 anos é anoréxica. No Brasil, a proporção cai para uma em cada 250 adolescentes. Uma das causas da doença, segundo a pesquisadora Viviane Loyola, diz respeito à insatisfação das pessoas em relação ao próprio corpo.

Em seu trabalho, a pesquisadora Viviane Loyola teve acesso a dados de dissertação sobre a doença, defendida em 2002, na Faculdade de Medicina da UFMG. A pesquisa médica revelou que, em Belo Horizonte, dos 1.450 entrevistados - alunos de ensino médio de escolas públicas e privadas - 52% sentem-se insatisfeitos com a imagem e 30% fazem algum tipo de dieta. Além disso, cerca de 20% dos adolescentes provocam vômito e 10% fazem uso de diuréticos ou laxantes.

Estes números revelam a imensa carga emocional que as pessoas estão carregando. Frustradas e sem saber gerenciar as “exigências” cada vez mais crescentes da sociedade de consumo, terminam consumidas em sua própria dor. Os dois problemas atingem ricos e pobres, anônimos e famosos, jovens e velhos, numa prova de que a tristeza não encontra limites.

O que fazer? A pergunta não tem uma única ou fácil resposta, pesquisei trabalhos de especialistas de diversas áreas e percebi muitas teorias e abordagens. Acho que no fim, todos estão certos já que cada um a seu modo está empenhado em aliviar a dor destas pessoas.

Não costumo parar e refletir sobre problemas assim, mas os números chamaram minha atenção e decidi compartilhar. Quem sabe assim, mais e mais pessoas comecem a olhar para os lados e quem sabe estender as mãos.

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